Em Deleuze o conceito de
agenciamento entrelaça um regime de signos com um conjunto de relações
materiais correspondentes. A existência, enquanto imanência, acontece através
de variados agenciamentos sociais
definidos por códigos específicos. Todo agenciamento remete ao campo do desejo,
sob o qual se constiui na polaridade entre a forma de maquina abstrata (instituições)
e das relações de força. Os agenciamentos produzem os enunciados que são um
jogo do fora de nós, do coletivo. Assim, não existe sujeito do enunciado.
Como Deleuze define em seus
Dialogos com Claire Parnet
“O que é um agenciamento? É uma multiplicidade que comporta muitos
termos heterogêneos e que estabelece ligações, relações entre eles, através das
idades, sexos, reinos - de naturezas diferentes. Assim, a única unidade do
agenciamento é o co-funcionamento: é a simbiose, uma ‘simpatia’”.
Como experiência da imanência os
agenciamentos assim se caracterizam:
Não há fronteira definida entre o subjetivo e o
mecânico
na abstração do agente que intervém no mundo, que
estabelece seu
contorno através da construção do
sentido, através do vagante de mutações imagéticas
que
nos configuram em meio ao devir coletivo como
territorialização constantemente
impelida a sua própria
transcendência.
Todo desejo é maquinado ou agenciado revela o
estatuto paradoxal de qualquer acontecimento possível.
Como apontado no inicio,
o agenciamento remete a uma
reciprocidade entre a
forma do conteúdo (regime maquínico) e a forma de