Somos reféns de pequenas, grandes
e infinitas janelas,
que servem de espelho a imaginação,
a emoção, a opinião, a ilusão,
ao absoluto, ao absurdo,
e até mesmo a ordem e a razão.
Nada existe fora da grande tela
que além do tempo e do espaço
nos produz como míseras imagens que se replicam, que se multiplicam e se apagam
sempre de novo,
até o infinito
em um grande mosaico sem sentido
onde tudo é tela, prisão,
ou, simplesmente, televisão.