sábado, 1 de julho de 2023

TELE-VISÃO

Hoje os olhos sabem a tela como prisão.
Somos reféns de pequenas, grandes 
e infinitas  janelas,
que servem de espelho a imaginação,
a emoção, a opinião, a ilusão,
ao absoluto, ao absurdo,
e até mesmo a ordem e a razão.

Nada existe fora da grande tela
que além do tempo e do espaço
nos produz como míseras imagens que se replicam, que se multiplicam e se apagam
sempre de novo,
até o infinito
em um grande mosaico  sem sentido
onde tudo é tela,  prisão,
ou, simplesmente, televisão.

 




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