a gente desista de dar certo,
deixando de lado a velha ingenuidade
que nos faz sempre buscar
qualquer meta idiota de saciedade,
alguma ilusão de sucesso ou felicidade.
Pode ser que que um dia
a gente sucumba de vez a melancolia,
assumindo o amargo fardo
de saber o mundo pelo avesso,
de ter raiva das coisas
e não acreditar em nada.
O que importa é ter sangue nas veias,
nos olhos e no coração,
para sustentar a coragem de ferozmente dizer não.