É urgente
Corporificar o textoaté que não haja fronteira
entre a palavra e a vida,
ficção e realidade,
na contramão de todo falso realismo racional.
O pensamento é um afeto
que transfigura a palavra,
reinventa o som,
absolutizando a musicalidade,
como caminho do eu ao outro.
A palavra é carne,
vida sem espírito,
que transforma a matéria
em mundo.
Somos sígnos e símbolos
na trama do sentido
que nos transfigura os sentidos,
que nos refaz no indeterminado
da natureza em infinito.
A palavra é corpo,
poesia viva,
ou natureza em ato físico e metafísico.