Tornou-se política de Estado,
Administração dos corpos e consciências,
No controle da população
E no domínio do território
Que disciplina o viver e morrer.
Virou discurso público,
Campo de especialistas
E objeto de tecnologias.
A vida agora,
De tão pessoal, é questão de estatística,
Labor , consumo e espetáculo virtual.
Não raramente, também é caso de polícia.
Pois só respira,
só grita a alma,
A multidão que transgride,
Que se inventa outra coisa,
Que cria uma língua,
E sob o estigma do anormal
Se faz sem rosto no desdizer do mundo
Através de práticas de re- existência.