São palavras que nasceram com os mortos
E jamais foram escritas.
Pois foram feitas para bocas & danças.
Elas pertencem ao dizer pequeno e cotidiano
De um existir criança
Que por nós foi extinto.
Habitam as letras de velhas canções de roda,
Mas já não sabemos dança-las,
Ouvi-las com os pés descalços.
Por isso deixamos que sigam com o vento.
Serão para sempre palavras perdidas,
No deserto de nossas vidas.
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