quinta-feira, 23 de abril de 2020

SER E DIZER

Parto da premissa de que existe um plano Real e imanente que define conteúdo e expressão,  que torna possível todo regime de signos e circulação  de acontecimentos semióticos dentro de nossa vida social. Nossas escrituras da realidade não são  obra de nossas mentes individualizadas, mas de uma singularidade sem sujeito estabelecida pela composição de narrativas a partir dos códigos de enunciados vigentes. Eles se confundem com o fluxo caótico da realidade vivida, experimentada, de todas as formas  possíveis em um dado contexto gramatical de existência. Somos o que dizemos, nos definimos no ato de escriturar o real que nos produz. O nome próprio de um modo de ser é sempre um modo de dizer e fazer o mundo.

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