A visibilidade dos artefatos de
cultura define o consumo de simulacros que nos configuram a consciência das
coisas. Os usos do corpo e do espírito adquirem formas abstratas e imprecisas
no fluir de nosso existir nômade.
Já não buscamos qualquer grande
objetivo, qualquer perspectiva, que não seja maior do que o simples dispor de
si mesmo entre os outros. Queremos sobreviver e colecionar um pouco de prazer.
Nisso se resume tudo aquilo que nos define provisoriamente nos dias do agora.
Não me perguntem mais quem eu
sou. Pois eu existo como uma função das coisas, como instancia de significação.
Sou um objeto, talvez uma coisa, um corpo estranho na geografia da existência.
Sou apenas meu próprio lugar de construção de símbolos e sentidos. Eu sou
apenas um lugar.