“A informação pode dizer tudo. Ela tem todas
as respostas. Mas são respostas a perguntas que não fizemos, e que sem duvida não
são nem mesmo feitas.”
Jean Baudrillard in Cool Memories 1980-1985
No pensar e no
dizer, nossas estratégias e referências narrativas não nos definem como indivíduos,
nem personificam propriamente alguma forma de subjetivização do real. Ao contrário,
nos faz prisioneiros de personas
definidas pela instrumentalização do conhecimento. A apropriação seletiva de conteúdos
impessoais (ideias e conceitos) não afirmam nossa singularidade, mas apenas nosso
conformismo a alguma imagem/ formula abstrata de realidade e mundo.
Nossa singularidade
passa pela experiência do niilismo, pela desconfiança de todas as estratégias de
valoração e leitura da realidade e da vida. Somos radicalmente quem somos
quando percebemos o grande vazio que é a existência. Então, não há mais um jogo
entre perguntas e respostas. Nada, absolutamente, faz sentido. Não há mais
necessidade de informação. Não há mais
nada a ser dito.