sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

INFORMAÇÃO E CULTURA

As vezes penso que  cultura se reduziu hoje a uma patologia da informação, a uma imagética poluída, que se limita a uma gramática do efêmero elevada a carcomida condição de verdade.



O hibridismo entre conhecimento e informação que reduz os saberes a meras técnicas utilitárias e funcionais, empalideceram nossas narrativas de mundo. Por isso ainda não fomos capazes de superar o século XX e nos perdemos a meio caminho de uma pós cultura.

 Afogado em um mundo de informações, já não sei mais quem eu sou. Penso, logo não existo, entre o sujeito, o objeto e o vazio. Houve um tempo em que tínhamos mais respostas do que perguntas. Agora, o texto explode a céu aberto em diversidades de significados ralos que não dão conta de nossa fome de sentido. O que ainda pode ser pensado, dito ou imaginado? A realidade é feita de migalhas, retalhos e rastros.




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