É
muito trivial que nossa conduta seja conduzida pela reprodução acrítica de
hábitos de pensamento e não pela primazia de escolhas inspiradas pela crítica
dos fatos e das circunstancias.
O
acriticismo é o princípio do mimetismo da vida cotidiana. Isso serve tanto para um acadêmico nova
iorquino de esquerda quanto para o individuo mais tacanho de um aldeamento
rural localizado em algum recanto da Asia.
Vivemos
da microfísica de nossos hábitos mais elementares. O que realmente faz
diferença, é o quanto de subjetividade conseguimos investir em nossas praticas
coletivas e objetivas, o quanto somos capazes de individuar nossas experiências
e imprimir nelas a marca de uma singularidade que contradiz seus próprios
lugares comuns.
As
ferramentas fornecidas pelos hábitos e práticas de determinada cultura,
valores, costumes e padrões de pensamento, já não são suficientes para garantir
ao indivíduo o pleno exercício de si mesmo. Nenhuma divindade lhe apaziguará
sua auto-consciência ou a percepção de suas contradições internas.