Entre o eu e os outros há um campo incerto e indeterminado de existência onde imperam signos e símbolos, onde o coletivo nos pensa na invenção de uma realidade comum .Tudo que somos acontece ali, naquele vazio de nós mesmos que nos aproxima como variantes de uma unica forma de existência . Ali o ser e o não ser se articulam como sentido.
Somos ali, justo onde não estamos, o acontecer de todas as coisas possíveis em nossa atitude social. Fora das formatações impessoais do poder e da cultura o que nos resta? Talvez a "bio política" de Foucault ou a “sociedade de controle” de Deleuze tornem complexo o problema da subjetivação na cultura contemporânea.
Observa-se um deslocamento cada vez mais radical do das gramáticas de existência. A própria ideia de cultura e civilização revelam-se simulacros, uma busca pela realização de uma vida mais verdadeira do que a própria vida. O mundo torna-se, assim, cada vez mais irreal. Pois já não faz mais sentido buscar nas coisas algum singinificado.