quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

SOBRE A GRATUIDADE DAS COISAS



Uma classificação das coisas como útil ou inútil apenas pressupõe uma visão utilitária de mundo que descarta o componente lúdico da existência humana. Por outro lado, recusar a utilidade como critério e substitui-la pela  significação subjetiva e simbólica não é uma resposta satisfatória ao utilitarismo. A importância dos girassóis de Van Gogh transcende a objetividade tanto quanto questiona a subjetividade. A perenidade de nossos feitos e formulações nos  leva a gratuidade, ao não intencional como critério de valoração das coisas. Nada é importante e todas as significações são efêmeras.

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