Enquanto o mundo moderno
envelhece e morre
embriago-me de passado,
vinho,
arcaismos e pós modernismos.
Nada mais de razão, racismo, iluminismo,
escravidão ou indústrialismos.
Estes malditos ismos, pilares de nossa duvidosa civilização ocidental,
serão todos extintos.
Darão lugar ao vinho, a Pã e Dionísio
no mais perfeito triunfo do arcaismo pagão e ameríndio.
É tarde para o futuro
para o urbano, o contemporâneo,
e para o progresso da nação
em tempos de aquecimento global.
É tarde para o humanismo,
cientificismos , fanatismos,
que fascinam a multidão
e nos conduziram a guerras,
ao abismo de mil conflitos,
e ao esgotamento das forças produtivas.
Estamos fartos de reducionismos, economicismos,
e outros filhos bastardos do idealismo alemão.
O mundo moderno é branco,
europeu, violento,
elitista, letrado , decadente
e, principalmente, racista.
Mas logo será um novo mundo
em qualquer parte do globo.
Cada um há de poderá ser,
a seu próprio modo,
um outro,
contemporâneo de si mesmo
sobre os cacos da história,
do trabalho , da Razão e suas disciplinas.
Seremos todos estrangeiros,
nômades e descolonizados,
libertos de tudo que foi trágico e moderno.
Seremos indolentes,
amantes do prazer, da preguiça,
e do efêmero
que definirá a existência
depois do fim do merecido fim do mundo moderno.