que meus dias sejam de pedra,
e minha vontade fragil e incerta,
quero provar tempestades,
perder o pé na beirada de abismos,
inventar outra realidade.
Quero provar o sabor de uma estrela,
pintar a noite de vermelho,
e correr com lobos pelo labirinto de uma antiga floresta.
Quero ter a saúde dos lunáticos,
o desejo livre dos desatinados.
Ainda que eu morra amanhã
ou que o mundo termine ao ritmo de um tango argentino.