Não me reconheço mais em meus atos,
No diário exercício da minha finitude,
Em estado de carne, informação e fome.
Me debato contra todo conformismo,
Sedentarismo que nos define em
No arcaísmo de velha sociedade.
Quero ultrapassar o humano,
Meu caos cotidiano e as angustias do mundo contemporâneo.
Pular o muro do possível
E explorar o indizível da natureza,
Habitar a terra além dos limites da cidade.
Quero rir ao infinito,
Extrapolar todo significante,
Todo significado,
Todo dizer e fazer pré moldado e antropomórfico.
Quero inventar em mim qualquer outro mundo, outra vida,
Onde me assuma experimental e póstumo.