quarta-feira, 6 de maio de 2020

ALGUMA COISA

Qualquer coisa tola nos traduz a vida na simplicidade  do dia,
Qualquer coisa absurda,
Infantil e selvagem,
Um estado de quase melancolia.

Há algo de absurdo e sem sentido
Dentro e fora da consciência 
Que nos define como corpo,
Como matéria e mundo
Até  o limite da imaginação. 

Algo que nos torna imunes a verdade,
Aos artifícios do verbo e ilusões  do coração. 

Sei vazios de pensamentos 
Brincando
Entre o eu e os outros
Do dizer ordinário. 

Alguma coisa sem nome
Nos conduz além  do simulacro do humano.
Alguma coisa não precisa ser dita,
Mas acontece onde não somos nós
Em delírios de liberdade e expressão. 





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