Qualquer coisa absurda,
Infantil e selvagem,
Um estado de quase melancolia.
Há algo de absurdo e sem sentido
Dentro e fora da consciência
Que nos define como corpo,
Como matéria e mundo
Até o limite da imaginação.
Algo que nos torna imunes a verdade,
Aos artifícios do verbo e ilusões do coração.
Sei vazios de pensamentos
Brincando
Entre o eu e os outros
Do dizer ordinário.
Alguma coisa sem nome
Nos conduz além do simulacro do humano.
Alguma coisa não precisa ser dita,
Mas acontece onde não somos nós
Em delírios de liberdade e expressão.
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