Não é mais o mesmo.
Não é um medo da morte,
Da guerra ou da fome.
Mas um medo da própria vida,
Uma incerteza quase absoluta
Que pesa no corpo,
Turva pensamentos,
Em uma tempestade de tristes afetos.
É um medo que se respira,
Que contamina,
Que se compartilha.
Um silêncio, lamento ,
Que adoece a vontade
No trágico sentimento
De uma ausência de mundo.
O medo que nos habita
É nossa própria casa.