A palavra
escrita é onde me desvelo como um não lugar do mundo.
Através do dizer
estabeleço quem eu sou entre os outros.
Mas o eu dos
meus enunciados é uma mera construção abstrata.
Não define tudo
aquilo que sou.
Não posso ser
reduzido ao meu próprio rosto.
O nós é o que
define o eu, pois este só existe em relação ao outro.
Então, sou o
produto dos meus monólogos e diálogos,
Me defino e
redefino constantemente através do dizer
e do ouvir.
O outro é o
espelho através do qual me percebo.