Não acredito em verdades...
valorizo em demasia minhas duvidas,
minhas incertezas
e incapacidade de viver de convicções.
Não gosto de ser muito coerente,
de fazer muito sentido.
Sou inapto a crença ou a fé.
Duvido, as vezes, até mesmo
da minha consciência.
Talvez alguém sonhe minha vida
e este mundo inteiro.
Sei que a realidade não tem garantias.
tudo não passa de uma ilusão realista.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
SER E DIZER
Dividido entre o sentido e o
espanto
Invento o que sei
Através do dizer que me pensa
No encadeamento das palavras.
Sou apenas aquilo que o texto
Fez de mim
Contra todas as interpretações
possíveis.
Ser é também
Uma questão de hermenêutica.
DEFININDO O PÓS ESTRUTURARISMO
As generalizações abusivas e as narrativa
inspiradas pelo herança de uma racionalidade iluminista, ou simplesmente,
orientadas por uma filosofia do progresso e aperfeiçoamento do gênero humano,
já não encontram eco nas labirínticas paisagens do mundo contemporâneo. Já não
buscamos explicações ou respostas “objetivas”, “causalidades” ou conexões sistêmicas
para domesticar o real e a História.
Apenas
escrevemos nossa literatura das coisas vividas e imaginadas sob a erosão de toda
a tradição. Pensamos sobre ruínas e nos inventamos além de qualquer futuro. Creio ser esta a
melhor forma de descrever o campo do chamado Pós Estruturarismo inspirado pela
filosofia de Niethzsche que reune
autores diversos como Foucault, Deleuze, Lyotard, Baudrillard, Paul Ricoeu,
dentre outros.
NOTA SOBRE O TEMPO PRESENTE
Compartilhamos todos uma mesma
época histórica, Mas vivemos em tempos e
lugares diferentes e em uma relação diversa com o passado imediato. Nunca somos plenamente contemporâneos de nosso próprio
tempo, pois ele é múltiplo em suas possibilidades, processos e significados. Por isso é muito difícil
definir o atual período histórico. Ele só existe em nossas interpretações
diversas como um ato linguístico e não identidario. O tempo do agora é virtual,
fluido e plural em um agora cada vez mais estendido.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
SUPERANDO A HERANÇA ILUMINISTA: POR UMA HISTORIOGRAFIA DESCONSTRUCIONISTA
A História não é sinônimo de
progresso e mudança social tal como protagonizado pelos herdeiros do Iluminismo. Desde as duas
grandes guerras mundiais do ultimo século
, tornou-se no mínimo constrangedor insistir em tal afirmação.
A história não é um processo
orientado por um propósito que faz dos fatos históricos portadores de um
significado racional. Tal ato teleológico é mero fato narrativo e diz respeito
ao tipo de escrita que usamos para qualificar e escrever a história.
A ideia de totalidade não nos faz
falta...
O fragmento, a quebra dos
conceitos demasiadamente abstratos e racionalizantes já não despertam o mesmo
entusiasmo. Não há como acreditar na racionalidade dos acontecimentos e nas
virtudes da causalidade. Pelo menos não sem reconhecer nisso certa dose inflexível
de crença objetivista e reducionista das realidades do ser humano no tempo.
REALIDADE EM TEMPOS PÓS MODERNOS
Desrealizando a realidade e
transmutando o mundo em fabula. Assim seguimos em frente neste dilatado tempo
presente, fugindo ao niilismo reativo, as ruínas do iluminismo e ao vazio do
autoritarismo utópico.
A única herança que nos legou os últimos
séculos são as ruínas da teleologia e projeto iluminista de sociedade. Os juízos
e a realidade já não formam um binômio a mercê das nossas intencionalidades. A representação define o ser como mera
simulação, como ato de linguagem.
A EXISTÊNCIA SE INVENTA CONTRA CADA UM DE NÓS
Atualmente a produção de sentido
e significado se tornou uma tarefa coletivamente ingrata. Já não há ideal de
sociedade que nos sustente personas, hábitos sociais e memórias coletivas que
definam um inequívoco mundo comum. Estamos condenados ao assombro de existir
enterrados em nossas vidas individuais cuja privacidade é cada vez mais uma
questão publica através das redes sociais.
Não há mais onde se esconder...
A existência socialmente se
inventa contra cada um de nós.
terça-feira, 1 de novembro de 2016
DESCENTRAMENTO PÓS MODERNO
O descentramento do sujeito
reside na desconsideração de um mundo significativo, pleno de sentido, na consciência
de que os papeis sociais tradicionais e nossas personas sociais se diluíram.
Tudo que hoje nos define como sujeito é efêmero,
provisório e complexo. É a diferença que se insinua em nossa consciência coletiva
e não mais a identidade, seja ela qual for.
Nos surpreendemos múltiplos, lidando
com uma pluralidade interna e externa onde não é mais possível inequivocamente
saber a realidade. Somos de certa forma estrangeiros em nossa própria realidade,
pois ela se faz cada vez mais instável e definida pela ideia de crise.
DIANTE DO FUTURO
O que espero agora do futuro
É o simples acontecer da vida privada,
De um existir onde ainda predomine
Significados e sentimentos de mundo
Contra todas as evidências.
Preciso respirar o mar,
Mergulhar na terra
E me tornar o ar
No aprendizado do vento.
Os dias passam
Enquanto tento inventar
O meu canto.
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
AFORISMO SOBRE O INDETERMINADO DO MUNDO
Pouco importa o que penso sobre o mundo, ele irá continuar
existindo na pluralidade de opiniões. Permanecerá sendo a revelia de minhas apostas
e certezas.
Na desmedida de todas as coisas possíveis prefiro existir sem rumo e sem direções.
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