Vivemos enterrados em redes linguísticas de crenças e significados que
nos desenham abstratamente os contornos de tudo aquilo que nos é possível
conceber.
Somos definidos por interações mentais. Não é tão evidente a premissa
de um sujeito abstrato e introspectivo que demarque a fronteira entre “o que
está fora” e “o que esta dentro”. Ainda não é possível determinar o que somos
ou, simplesmente, como acontecemos. Mas o velho binário sujeito X objeto já não
grande apelo cognitivo. A linguagem pode ser tudo aquilo que nos permite,
através de enunciados, inventar o mundo. Mas já não é mais suficiente inventar
o mundo...