quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O PASSADO COMO EVASÃO

É sempre suspeito interpretar o passado a luz do presente. O agora não pode ser um dogma ou uma prisão. Pelo contrário, o passado deve nos servir como uma estratégia de evasão, um espelho que torna circunstancial tudo aquilo que hoje nos parece confiável e digno de valoração. O conhecimento de outras épocas ou culturas deve nos conduzir a um questionamento de nossa própria identidade através do reconhecimento de sua perenidade. Aquilo que chamamos de história  não é um processo linear, mas um acervo de ruinas que inventariamos enquanto sofremos o arruinar-se de nossa própria época.

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