sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O TEMPO, AS COISAS E A SUBJETIVIDADE

É por intermédio do tempo que nossos atos se encadeiam na construção de uma biografia  que, despida de linealidade temporal , é definida pela consciência que temos de nós mesmos através das coisas.

Assim, um determinado lugar, uma música, filme, e tantas outras pequenas coisas que em algum momento serviram a nossa experiência de estar no tempo e espaço, convertem-se em memória e vinculo com o mundo vivido.

O encontro do eu e do mundo é mediado pelos objetos que, tal como nós mesmos, caracterizam-se pela sua finitude e se convertem em extensão de nosso ser através da consciência.  Estar consciente é sempre um ser consciente de alguma coisa.

Morar em uma determinada casa, participar cotidianamente das rotinas de um  determinado bairro ou cidade, utilizar determinados objetos, é o que define nossa consciência do mundo. Não do mundo objetivo e diverso que  nos circula, mas do mundo particular e limitado de nossa experiência singular.

O que quero aqui afirmar é que somos compostos por uma articulação de micro- realidades socioculturais que interagem para definir as configurações de nossa consciência diferenciada.


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