Espero Algum dia atingir, como
indivíduo, uma espécie de estado de indiferença e relativa autonomia em relação
ao mundo vivido. Falo da possibilidade de escapar das fantasias socialmente
compartilhadas de realidade a partir de uma experiência estética de meus
arranjos subjetivos e fantasias sobre a experiência dos meus dias.
É premissa de tal objetivo a
constatação de que a vida, em estado bruto, é impermeável as significações e
interpretações coletivas e nossas convenções de real. Atualmente, diante das
transformações das sensibilidades e redefinições de nosso modo de estar no
mundo através das tecnologias digitais, o indivíduo pode finalmente vislumbrar
sua condição de singularidade como uma potencial extra territoriedade asocial,
ou seja, como um não lugar ontológico mediante
a abstração da dimensão social da vida.