Não é raro ficar dias tentando
escrever sobre alguma coisa da exata maneira que acredito que ela deveria ser
escrita. Entretanto, não faço a mínima ideia, nestas ocasiões do que isso
exatamente significa.
É como se houvesse na palavra um
limite para personificar certas ideias e experiências realçadas por tonalidades
afetivas e emocionais. Por isso costumo dizer que as coisas mais importantes
não cabem em palavras, estão condenadas ao silêncio e só podem ser percebidas
no superficial dos gestos e expressões corporais.
Quando pensamos com o corpo,
quando sentimos profundamente determinadas ideias como imagens, não conseguimos
satisfatoriamente converte-las em palavras, pois elas se tornam concretas,
físicas e irracionais.