sábado, 17 de outubro de 2015

ESCREVA

Quanto  custa o delicado exercício de alguns versos?
Quantos silêncios devem ser escritos,
Quantos impasses e quimeras devem ser rasgadas
em  palavras?

Escreva sob os abismos dos dias
E sobre as maravilhas do absurdo.
Traga uma bebida.
Não de ouvido aos lugares comuns
Do simples dia a dia.

Escreva como se fosse seu último suspiro.
Prenda neste instante todas as abstrações de eternidade
No branco da folha...

Escreva versos livres e sujos como se não houvesse amanhã.



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