terça-feira, 20 de outubro de 2015

NOSTALGIA DA CASA ANTIGA


Nunca mais voltei a casa em que cresci.
Sei que hoje ela abriga outras vidas.
Já não é a mesma
E não exibe as marcas dos meus dias de pequeno infante.
A casa em que cresci  mora apenas  na memória.
Não sinto  seu teto, suas paredes ou fundações.
Tudo que dela restou foi o vazio de uma opaca lembrança.
É como se nunca tivesse existido,
Como se tudo aquilo que um dia foi tão vivo
Não tivesse mais realidade do que  um sonho bom que se desfaz com a aurora.
Queria poder deitar de novo em meu velho quarto,
Guardar a vida em um abraço e voltar nos anos.
Fingir que o tempo não importa

E ser novamente eu nos jardins da casa antiga.

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