A felicidade é um veneno ao qual
sou imune.
Isso me garante aptidão para
buscar sempre a realidade e não cair na armadilha de nenhuma ilusão. Tenho por
objetivo alguma concepção estética de vida onde sejam transpostas as fronteiras
entre arte e existência no mínimo cotidiano do acontecer do meu eu.
Não me importo muito com o
destino do mundo. Minha matéria prima é o raso da realidade e as possibilidades
afetivas dos atos mais pragmáticos.
Através dos artificialismos da
cultura estamos sempre buscando nos evadir de nossa pequena condição humana, acrescentar
significados ao raso acontecer concreto que possam tornar nossas vidas
individuais relativamente
significativas.
Estou cada vez mais convencido de
que é apenas isso que importa.