domingo, 27 de setembro de 2015

A HUMANIDADE DOS OBJETOS

A existência era o interagir constante com as coisas externas. Era saber aquela paisagem, sentir o vento,  escutar os sons espalhados pelas ruas,  fumar um cigarro ou beber uma cerveja.  

A existência era a polifonia das coisas todas  a  minha volta. Pouco importava as pessoas. A vida estava nas coisas... Na minha consciência intima do inanimado, do silencioso barulho dos objetos.

Oscilando entre os artefatos de cultura através das horas, percebo o quanto a engenhosidade humana ultrapassou os limites da natureza.  Minha plena consciência dos objetos é onde reside o mais profundo da condição humana, pois é isso  que nos proporciona  a curiosa habilidade de representar a realidade e reinventa-la segundo nossas mais abstratas necessidades.


O ser humano não se conforma a natureza, ele inventa e reinventa constantemente seu próprio mundo através dos artefatos culturais. 

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