Tudo que quero
É não querer nada,
Não pensar em nada,
Não sonhar,
Não gozar,
Não rir,
Não olhar.
Afinal,
A realidade
Desfaz o desejo
Como manifesto ato
De imaginações urgentes.
Transforma tudo
Em decepção,
Hiato,
Lamento,
No trágico movimento
Dos atos e gestos...
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 27 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
MICRO INDIVIDUALIDADE
O fortuito e o cotidianamente
vivido,
A banalidade de todos os dias
É tudo que nos resta
Entre as ruínas
Do velho edifício da condição
humana.
O infinitesimal da existência,
Que escapa a análise
E aos discursos,
É agora
Tudo que somos
Na implosão de nossos egos
Em revolucionárias partículas
De individualidade.
sexta-feira, 22 de março de 2013
ESTRANHAMENTO
Não me reconheço
No som da minha voz,
Nos pequenos atos
Que escrevem a vida.
Não me reconheço
Em meus pensamentos
E memórias,
Na familiaridade
Dos rostos
Que deixei lá fora.
Não me reconheço
Em nada.
Quase não existo...
No som da minha voz,
Nos pequenos atos
Que escrevem a vida.
Não me reconheço
Em meus pensamentos
E memórias,
Na familiaridade
Dos rostos
Que deixei lá fora.
Não me reconheço
Em nada.
Quase não existo...
segunda-feira, 11 de março de 2013
MORALIA
Moro no subúrbio
Dos sonhos
E nos erros da imaginação.
Moro onde não existe
Abrigo
E a liberdade
Arde sobre a pele
Suja e tatuada
Pela ilusão de um chão.
Dos sonhos
E nos erros da imaginação.
Moro onde não existe
Abrigo
E a liberdade
Arde sobre a pele
Suja e tatuada
Pela ilusão de um chão.
quinta-feira, 7 de março de 2013
FRUSTRAÇÕES
Todas as coisas perdidas
Ou não vividas
Gritam em meu intimo.
Sofro suas ausências,
O quase desespero
De suas irrealizações .
Falta-me
Algo sem forma ou nome,
Uma urgência.
O fato
É que
Sou em tudo
Essas minhas coisas perdidas
Ou não vividas
Que me gritam
Por dentro.
Ou não vividas
Gritam em meu intimo.
Sofro suas ausências,
O quase desespero
De suas irrealizações .
Falta-me
Algo sem forma ou nome,
Uma urgência.
O fato
É que
Sou em tudo
Essas minhas coisas perdidas
Ou não vividas
Que me gritam
Por dentro.
segunda-feira, 4 de março de 2013
IMPASSE
Quase não há dia seguinte,
Apenas o passado quebrado
E inútil,
Obstruindo
O caminho do agora.
O tempo pesa nos ombros
E os pensamentos dormem.
Nada a fazer...
Pouco a querer...
O amanhã é neste instante
Um passo opaco
No horizonte.
Apenas o passado quebrado
E inútil,
Obstruindo
O caminho do agora.
O tempo pesa nos ombros
E os pensamentos dormem.
Nada a fazer...
Pouco a querer...
O amanhã é neste instante
Um passo opaco
No horizonte.
IMPRECISÃO LÚDICA
Quantas vezes nos buscamos na liberdade lúdica dos fatos?
Nenhuma alegria povoa os dias sem um bom sopro de irresponsabilidade lúdica.
Precisamos sempre estar acertando contas com as formalidades e pragmatismos do dia a dia, despidos, mesmo que provisoriamente, de nossas coerências, comprometimentos e sociabilidades.
De que outra forma suportaríamos ser quem somos?
Todos precisamos de uma fuga, de algumas horas de evasão, que nos lembrem que nunca somos demasiadamente quem realmente somos...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
CONVICÇÃO TRÁGICA
As indisposições da realidade a minha pessoa quase me tiram do sério.
Estou sempre à espera do pior de cada dia, sofrendo, como nenhum outro, com a má vontade dos fatos.
Quase nunca as coisas acontecem a meu favor, como se o destino fosse o constante somatório de situações e fatos que me perseguem na contramão.
Melhor seria nada esperar de nada para que nada espere por mim no acumulo dos dias.
Mas admito: Eu espero o pior; O mais pragmático e trágico pior das coisas possíveis.
É uma escolha para qual fui feito, o amargo reconhecimento de uma tendência natural da procissão de acasos e descaminhos que me definem desde sempre a existência.
A fatalidade é meu único destino. Vivo a objetividade em estado bruto , sem ilusões de subjetivismos.
Afinal, já não cabem sujeitos no mundo.
Talvez nem exista mais um mundo...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
O MITO DA FELICIDADE PERDIDA
Poucas vezes na vida temos a oportunidade de surpreender algum encanto de realidade que nos ofereça um bom sentimento de existência ou a confortável ilusão de uma felicidade qualquer.
Mas provar, mesmo que uma única vez, a existência com “intensa significância” é uma exigência da aventura humana. Precisamos cultivar boas lembranças, saber que em algum momento de nossas miseras vidas fomos felizes. Não importa o quão fútil seja a motivação de tal encanto ou sua perenidade.
O ironicamente relevante é observar que tal "encantamento" não se dá em função de qualquer qualidade objetiva dos fatos aos quais atribuímos esse significado mágico, normalmente eles não passam de mera banalidade. Sua numinosidade provém de idealizações ou projeções irracionais.
Poder-se-ia aqui falar de uma espécie de mito da felicidade perdida que carregamos dentro de nós mesmos a espera de um receptáculo qualquer.
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