As indisposições da realidade a minha pessoa quase me tiram do sério.
Estou sempre à espera do pior de cada dia, sofrendo, como nenhum outro, com a má vontade dos fatos.
Quase nunca as coisas acontecem a meu favor, como se o destino fosse o constante somatório de situações e fatos que me perseguem na contramão.
Melhor seria nada esperar de nada para que nada espere por mim no acumulo dos dias.
Mas admito: Eu espero o pior; O mais pragmático e trágico pior das coisas possíveis.
É uma escolha para qual fui feito, o amargo reconhecimento de uma tendência natural da procissão de acasos e descaminhos que me definem desde sempre a existência.
A fatalidade é meu único destino. Vivo a objetividade em estado bruto , sem ilusões de subjetivismos.
Afinal, já não cabem sujeitos no mundo.
Talvez nem exista mais um mundo...