Há silêncios
Que são mais urgentes
Do que qualquer palavra .
Há fatos dos quais fugimos
Pelo medo ao erro
De um grito.
Como saber
O adequado gesto ou fala
Quando o relativo certo
Se faz por motivos
Inequívocos e errados?
Mas nenhuma moral
Vale mais
Que o instinto que aflora
No absurdo intimo
De um indivíduo.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Especulações sobre uma ilha ( Avalon)...
LITERATURA INGLESA XXXVI
Critico e escritor britânico, Peter Ackroyd ( 1949- ...) é um dos mais notáveis autores contemporâneos da literatura inglesa. Dentre seus trabalhos merecem destaque O grande incêndio de Londres (1982), O último testamento de Oscar Wilde (1983) e Hawskmoor (1985), bem como suas biografias sobre Ezra Pound (1984), T.S. Eliot (1984) e Dickens (1990).
Pode-se dizer que a obra de Ackroyd, em seus melhores momentos, é um exemplo muito bem sucedido de meta-ficção, no sentido pós moderno do termo, isto é, uma apropriação/re-criação do passado onde arte e ciência se misturam de modo a produzir uma leitura da História sem as amarras e rigores dos protocolos da historiografia oficial mas nem por isso menos rigorosa.
Como observa LINDA HUTCHEON em seu clássico A Poetica da Pós Modernidade,
“ O romance nos lembra, conforme o faz Roland Barthes muito antes ( 1967), que é possível considerar que o século XX deu origem ao romance realista e à história narrativa, dois gêneros que tem em comum o desejo de selecionar, construir e proporcionar auto-suficiência e fechamento a um mundo narrativo que seria representacional, mas ainda distinto da experiência mutável e do processo histórico. Atualmente, a história e a ficção compartilham uma necessidade de contestar esses mesmos pressupostos.”
( Linda Hutcheon. Poetica do Poós Modenismo: História, Teoria, Ficção/ tradução de Ricardo Cruz.RJ Imago Editora, s/d, p.146)
Em outras palavras, a aproximação e diálogo, cada vez maior, em curso entre a narrativa historiografica e a narrativa literária, assenta-se sobre a premissa de que ambas adotam em diferentes contextos uma estrategia represencional da realidade e do mundo. Na medida em que ocorre uma redefinição dos sentidos e significados de aplicabilidade dos seus protocolos e estrategias narrativas transcende-se o dilema existente entre o verdadeiro ( cientifico) e o falso ( ficcional) através na nada simples constatação de que aquilo que conhecemos como processo ou realidade histórica é um universo mutável, plastico ou condicionado a uma pluralidade quase infinita de interpretações e infoques que, no final das contas, reduz-se a uma construção ou invenção de historiadores.
A partir de tal ponto de vista, fica mais fácil apreender em profundidade o TESTAMENTO DE OSCAR WILDE de Ockroyd, ficção historico/biográfica sobre os ultimos anos do dramaturgo e romancista irlandes em seu derradeiro exilio parisiense. Mesmo sabendo que se trata de uma reconstrução ficcional do ultimo ano de vida do celebre autor, não podemos ignorar o quanto sua narrativa nos permite uma cognição/apropriação biografica do autor e de sua obra que, embora não passe de uma leitura possivel, é incontestavelmente pertinente como “conhecimento” de Wilde.
Seria para mim impossivel falar sobre Ockroyd sem abordar tema tão relativamente polêmico. Mas concentrando-me no sabor de seu aqui citado romance, compartilho um pequeno e interessante fragmentodeste livro realmente singular:
“... Minha primeira obra realmente significativa foi O retrato de Dorian Gray, não se trata de um début, mas foi quase tão bom: um escândalo. Nem poderia ser de outra forma: eu queria esfregar os rostos de de minha geração em seu próprio século, ao mesmo tempo que queria criar um romance que disafiasse os cânones da ficção inglesa convencional. O livro poderia ter sido escrito em francês, pois tenho a impreção de que seu encanto está no fato de que é absolutamente desprovido de qualquer tidpo de sentido, assim como não se caracteriza por nehuma moral em voga. É um livro estranho, cheio de vivacidade e da estranha alegria com que foi escrito. Escrevi-o depressa e sem nenhumna preparação séria e, como resultado, minha personalidade inteira está em algum ponto dele: mas acho que não sei onde, exatamente. Existo em todas as personagens, embora não possa pretender compreender as forças que as impulsionam. A única coisa que percebi perfeitamente, enquanto ia escrevendo, foi a necessidade de que acabasse em desastre: eu não podia revelar um mundo daqueles sem assistir a seu colápso em meio a vergonha e ao desastre.
No inicio fiquei surpreso com a reação hostil provocada por Doriam Gray, e foi só depois de ter concluido essas primeiras obras que percebi o que havia feito: tinha efetivamente desafiado a sociedade convencional em todas as frentes possíveis. Tinha ridicularizado susas pretenções artisticas e escarnecido de seu moralismo social; mostrara os casebres dos pobres e as casas dos depravados, mas tambem mostrara que em seus próprios lares tambem se abrigavam a história e a presunção. É nessa época que situo minha derrocada- foi o momento em que as portas da prisão se abriram para mim e ficaram esperando que eu chegasse.”
Pode-se dizer que a obra de Ackroyd, em seus melhores momentos, é um exemplo muito bem sucedido de meta-ficção, no sentido pós moderno do termo, isto é, uma apropriação/re-criação do passado onde arte e ciência se misturam de modo a produzir uma leitura da História sem as amarras e rigores dos protocolos da historiografia oficial mas nem por isso menos rigorosa.
Como observa LINDA HUTCHEON em seu clássico A Poetica da Pós Modernidade,
“ O romance nos lembra, conforme o faz Roland Barthes muito antes ( 1967), que é possível considerar que o século XX deu origem ao romance realista e à história narrativa, dois gêneros que tem em comum o desejo de selecionar, construir e proporcionar auto-suficiência e fechamento a um mundo narrativo que seria representacional, mas ainda distinto da experiência mutável e do processo histórico. Atualmente, a história e a ficção compartilham uma necessidade de contestar esses mesmos pressupostos.”
( Linda Hutcheon. Poetica do Poós Modenismo: História, Teoria, Ficção/ tradução de Ricardo Cruz.RJ Imago Editora, s/d, p.146)
Em outras palavras, a aproximação e diálogo, cada vez maior, em curso entre a narrativa historiografica e a narrativa literária, assenta-se sobre a premissa de que ambas adotam em diferentes contextos uma estrategia represencional da realidade e do mundo. Na medida em que ocorre uma redefinição dos sentidos e significados de aplicabilidade dos seus protocolos e estrategias narrativas transcende-se o dilema existente entre o verdadeiro ( cientifico) e o falso ( ficcional) através na nada simples constatação de que aquilo que conhecemos como processo ou realidade histórica é um universo mutável, plastico ou condicionado a uma pluralidade quase infinita de interpretações e infoques que, no final das contas, reduz-se a uma construção ou invenção de historiadores.
A partir de tal ponto de vista, fica mais fácil apreender em profundidade o TESTAMENTO DE OSCAR WILDE de Ockroyd, ficção historico/biográfica sobre os ultimos anos do dramaturgo e romancista irlandes em seu derradeiro exilio parisiense. Mesmo sabendo que se trata de uma reconstrução ficcional do ultimo ano de vida do celebre autor, não podemos ignorar o quanto sua narrativa nos permite uma cognição/apropriação biografica do autor e de sua obra que, embora não passe de uma leitura possivel, é incontestavelmente pertinente como “conhecimento” de Wilde.
Seria para mim impossivel falar sobre Ockroyd sem abordar tema tão relativamente polêmico. Mas concentrando-me no sabor de seu aqui citado romance, compartilho um pequeno e interessante fragmentodeste livro realmente singular:
“... Minha primeira obra realmente significativa foi O retrato de Dorian Gray, não se trata de um début, mas foi quase tão bom: um escândalo. Nem poderia ser de outra forma: eu queria esfregar os rostos de de minha geração em seu próprio século, ao mesmo tempo que queria criar um romance que disafiasse os cânones da ficção inglesa convencional. O livro poderia ter sido escrito em francês, pois tenho a impreção de que seu encanto está no fato de que é absolutamente desprovido de qualquer tidpo de sentido, assim como não se caracteriza por nehuma moral em voga. É um livro estranho, cheio de vivacidade e da estranha alegria com que foi escrito. Escrevi-o depressa e sem nenhumna preparação séria e, como resultado, minha personalidade inteira está em algum ponto dele: mas acho que não sei onde, exatamente. Existo em todas as personagens, embora não possa pretender compreender as forças que as impulsionam. A única coisa que percebi perfeitamente, enquanto ia escrevendo, foi a necessidade de que acabasse em desastre: eu não podia revelar um mundo daqueles sem assistir a seu colápso em meio a vergonha e ao desastre.
No inicio fiquei surpreso com a reação hostil provocada por Doriam Gray, e foi só depois de ter concluido essas primeiras obras que percebi o que havia feito: tinha efetivamente desafiado a sociedade convencional em todas as frentes possíveis. Tinha ridicularizado susas pretenções artisticas e escarnecido de seu moralismo social; mostrara os casebres dos pobres e as casas dos depravados, mas tambem mostrara que em seus próprios lares tambem se abrigavam a história e a presunção. É nessa época que situo minha derrocada- foi o momento em que as portas da prisão se abriram para mim e ficaram esperando que eu chegasse.”
(Peter Ackroyd. O tyestamento de Oscar Wilde/ tradução de Heloisa Juhn.RJ: Editora Globo, 1987, p.153 ).
REALIDADE E FABULAÇÃO
O imaginário contemporâneo pressupõe a fabulação como uma de suas mais autênticas expressões; não a fabulação no sentido de uma evasão da realidade convencional pura e simplesmente, mas como um verdadeiro questionamento da própria natureza da verdade como principio da consciência de todas as coisas, arbitrária premissa de nossas certezas cotidianas e experiência sensível da realidade.
A atração e fascínio exercido pelo “fantástico”, pelo “supra” ou “meta real” que povoa a tela do cinema, as páginas da literatura ou o universo mágico dos vídeos games, denunciam uma valorização irracional e constante de um outro principio de realidade, uma necessidade humana da experiência do símbolo como linguagem e referencial que extrapola o mundo formal de nosso dia a dia e, paradoxalmente, parece integrá-lo através de nossos padrões de consciência. Nesse sentido, não considero possível estabelecer com relação a fantasia um divorcio com o que convencionamos chamar de realidade. Penso, ao contrário, que a experiência da fantasia é fundamental para qualquer definição de realidade. Basta pensar, por exemplo, que entidades verbais como um determinado estado nação e uma empresa não passam de uma invenção, uma convenção imaginativa cuja “realidade” asseguramos na medida em que acreditamos nela e a fazemos concretamente acontecer ao obedecer uma serie de protocolos.
A atração e fascínio exercido pelo “fantástico”, pelo “supra” ou “meta real” que povoa a tela do cinema, as páginas da literatura ou o universo mágico dos vídeos games, denunciam uma valorização irracional e constante de um outro principio de realidade, uma necessidade humana da experiência do símbolo como linguagem e referencial que extrapola o mundo formal de nosso dia a dia e, paradoxalmente, parece integrá-lo através de nossos padrões de consciência. Nesse sentido, não considero possível estabelecer com relação a fantasia um divorcio com o que convencionamos chamar de realidade. Penso, ao contrário, que a experiência da fantasia é fundamental para qualquer definição de realidade. Basta pensar, por exemplo, que entidades verbais como um determinado estado nação e uma empresa não passam de uma invenção, uma convenção imaginativa cuja “realidade” asseguramos na medida em que acreditamos nela e a fazemos concretamente acontecer ao obedecer uma serie de protocolos.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
OASIS E A TRANSMUTAÇÃO BRITÂNICA DO ROCK....
Faz poucos dias foi finalmente lançado na Europa e Estados Unidos, o tão esperado novo trabalho do Oasis DIG OUT YOUR SOUL... simbolicamente produzido no famoso estúdio Abbey Road, em Londres.
Necessário dizer que, embora até os dias de hoje, não muitos queridos, o Oásis foi e é, uma das maiores bandas de rock surgidas nos anos 90, depois de desbancarem ruidosamente os Stones Roses. Os “maus educados”, “drogados”, “encrenqueiros”, brigões verbais e físicos, ou “arrogantes” irmãos Gallangher, como rotulam seus detratores na imprensa e no mundo do rock; pelo talento e originalidade, em tempos de reinado quase absoluto do grunge norte americano, foram capazes de resgatar a vitalidade do rock britânico atestando sua capacidade singular de reinventar a si e a tradição . Liam e Noel, a partir da referência direta aos Beatles, ou pela imagem rebelde e irreverente META BEATLES, criaram através do movimento britpop, de uma franca e agressiva disputa com o Blur, a imagem fundamental e sacramental do rock contemporâneo.
Em poucas palavras, o que faz do Oásis uma banda singular é sua forte e indefinível personalidade, sua capacidade de, mesmo hoje em dia, transmitir o eco desconcertante do velho rock britânico dos anos 60 em uma perfeita síntese e atualização.
O Oásis combina, em outras palavras, a velha energia e atitude agressiva andergraund a sofistificação musical e lírica de uma grande banda de rock de nossos tempos!
Necessário dizer que, embora até os dias de hoje, não muitos queridos, o Oásis foi e é, uma das maiores bandas de rock surgidas nos anos 90, depois de desbancarem ruidosamente os Stones Roses. Os “maus educados”, “drogados”, “encrenqueiros”, brigões verbais e físicos, ou “arrogantes” irmãos Gallangher, como rotulam seus detratores na imprensa e no mundo do rock; pelo talento e originalidade, em tempos de reinado quase absoluto do grunge norte americano, foram capazes de resgatar a vitalidade do rock britânico atestando sua capacidade singular de reinventar a si e a tradição . Liam e Noel, a partir da referência direta aos Beatles, ou pela imagem rebelde e irreverente META BEATLES, criaram através do movimento britpop, de uma franca e agressiva disputa com o Blur, a imagem fundamental e sacramental do rock contemporâneo.
Em poucas palavras, o que faz do Oásis uma banda singular é sua forte e indefinível personalidade, sua capacidade de, mesmo hoje em dia, transmitir o eco desconcertante do velho rock britânico dos anos 60 em uma perfeita síntese e atualização.
O Oásis combina, em outras palavras, a velha energia e atitude agressiva andergraund a sofistificação musical e lírica de uma grande banda de rock de nossos tempos!
A BANDA FOI E É UM OASIS NO DESERTO DO ROCK entre o caos e o momento de mercado e acasos dse ser em musica e identidade!!!!!!!!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
LIVE AND DEATH
Cotidianamente
Lutamos pela certeza
De cada manhã de vida
Com a simplicidade dos animais.
Survival...
Live and death
Qual destino, afinal,
É mais digno
Que a realização
De mínimos objetivos
E pequenas necessidades?
Percorro rotinas sem grandes
Filosofias
Ou ideais de vida.
Basta-me apenas
A realidade,
Cada dia,
Cada silêncio
E alegria.
Aprendi a ser
Apenas eu mesmo
Entre as brutalidades
Serenas
E severos rigores
Das suaves guerras humanas.
Survival,
Live and death...
The weapons, gentlemen!
Lutamos pela certeza
De cada manhã de vida
Com a simplicidade dos animais.
Survival...
Live and death
Qual destino, afinal,
É mais digno
Que a realização
De mínimos objetivos
E pequenas necessidades?
Percorro rotinas sem grandes
Filosofias
Ou ideais de vida.
Basta-me apenas
A realidade,
Cada dia,
Cada silêncio
E alegria.
Aprendi a ser
Apenas eu mesmo
Entre as brutalidades
Serenas
E severos rigores
Das suaves guerras humanas.
Survival,
Live and death...
The weapons, gentlemen!
FATALIDADE
Talvez nada exista
Além da incerteza
Que me conduz ao vazio,
Ao acontecer sereno
De todas as coisas vivas
Em desafio
A gritar um novo
Que não percebo
Ou se quer existe
Na rotina fria
De todos os dias.
Além da incerteza
Que me conduz ao vazio,
Ao acontecer sereno
De todas as coisas vivas
Em desafio
A gritar um novo
Que não percebo
Ou se quer existe
Na rotina fria
De todos os dias.
domingo, 28 de setembro de 2008
IMEDIATO IDEAL
Meu ideal imediato
É ser capaz de viver
Do provisório
E instável de cada dia
Sem pensar metas
Futuros
Ou grandes objetivos.
Não quero ser
Mais do que posso
Ou querer de volta
Aquilo que nunca tive.
Meu ideal imediato
É viver abaixo da superfície
Do rosto que me define entre as coisas.
É ser capaz de viver
Do provisório
E instável de cada dia
Sem pensar metas
Futuros
Ou grandes objetivos.
Não quero ser
Mais do que posso
Ou querer de volta
Aquilo que nunca tive.
Meu ideal imediato
É viver abaixo da superfície
Do rosto que me define entre as coisas.
ESPECULAÇÕES POS MODERNAS
Todos os discursos, sistemas de signos, significações conscientes e inconscientes, que definem a metaficção que é o próprio mundo real, já não são tão essenciais a existência individual. Na medida em que a experiência da individualidade e singularidade humana se desloca do referencial coletivo, das abstrações de uma “Humanidade”, afirmando-se como auto-consciência e finitude, os referenciais coletivos ou históricos deslocam-se do centro das vivências culturais abrindo caminho para uma "desfamililidade ontológica" que passa a mediar a experiência sensível do mundo.
Através de uma abertura maior a tudo aquilo que não cabe na palavra, da desconfiança dos poderes dos enunciados, nos tornamos despudoradamente "irracionalistas", egocêntricos e infantilmente vorazes no jogo de nossos desejos e sentimentos de mundo. A Vida tornou-se tão complexa, hostil e incerta, que nos faz duvidar da aplicabilidade do conceito de sociedade e coletivo ao complexo conjunto de redes de sociabilidades em que estamos inseridos e fazem o mundo acontecer em seus protocolos cotidianos.
Através de uma abertura maior a tudo aquilo que não cabe na palavra, da desconfiança dos poderes dos enunciados, nos tornamos despudoradamente "irracionalistas", egocêntricos e infantilmente vorazes no jogo de nossos desejos e sentimentos de mundo. A Vida tornou-se tão complexa, hostil e incerta, que nos faz duvidar da aplicabilidade do conceito de sociedade e coletivo ao complexo conjunto de redes de sociabilidades em que estamos inseridos e fazem o mundo acontecer em seus protocolos cotidianos.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
PEQUENAS ESPECULAÇÕES CONTRA A FÉ E VERDADE
A vida não possui a regularidade e previsibilidade de um calendário. É um acontecer de mundo sem sentido, aleatória inventabilidade humana a fazer-se no caótico do mundo, um fluxo ininterrupto de diversidades e pluralidades de coisas que se dissolvem no nada de virtuais totalidades. Contra as teleologias e meta-narrativas religiosas ou laicas, escrevo-me na anti verdade do silêncio, do minimo inteligível de minhas construções pessoais de vazios e abstrações cruas na invenção livre de cada dia em matéria e forma.
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