domingo, 28 de setembro de 2008

ESPECULAÇÕES POS MODERNAS


Todos os discursos, sistemas de signos, significações conscientes e inconscientes, que definem a metaficção que é o próprio mundo real, já não são tão essenciais a existência individual. Na medida em que a experiência da individualidade e singularidade humana se desloca do referencial coletivo, das abstrações de uma “Humanidade”, afirmando-se como auto-consciência e finitude, os referenciais coletivos ou históricos deslocam-se do centro das vivências culturais abrindo caminho para uma "desfamililidade ontológica" que passa a mediar a experiência sensível do mundo.
Através de uma abertura maior a tudo aquilo que não cabe na palavra, da desconfiança dos poderes dos enunciados, nos tornamos despudoradamente "irracionalistas", egocêntricos e infantilmente vorazes no jogo de nossos desejos e sentimentos de mundo. A Vida tornou-se tão complexa, hostil e incerta, que nos faz duvidar da aplicabilidade do conceito de sociedade e coletivo ao complexo conjunto de redes de sociabilidades em que estamos inseridos e fazem o mundo acontecer em seus protocolos cotidianos.

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