Sangue e carne.
Fogo, talvez.
Já que sou devorado pela minha própria fome
que com o passar dos anos
Cresce ao infinito e a mim mesmo consome.
Existir é uma angustia que se expande como percepção,
como consciência do vácuo que esclarece o silencioso frio do universo
contra o planeta que nos abriga,
que nos define como terrestres,
como sangue e carne,
contra toda ilusão de espírito e infinito
que nos nega como processo e matéria.
Parte de mim é terra
e existe como transfiguração da realidade
através da minha mais íntima e impessoal consciência.