porque me faço passagem,
caminho e silêncio.
Vivo porque morro,
Porque nunca conclui
meu nascimento,
e nunca saberei minha plena existência.
Vivo porque provisoriamente existo,
sem demandar razão ou motivo.
Até o dia da minha morte
persistirei
como tempo, espaço, assombro e riso.
Permanecerei assignificante e ilegível
até o limite do infinito.
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