quarta-feira, 22 de maio de 2019

SER E TEMPO



Tenho nostalgia do próprio ato de ser,
Das ambiências do vivido perdido
Que nunca resiste aos anos.

Não é apenas o passado lembrado
Que acorda o vazio da ausência.
É um afeto que me percorre sem objeto,
Que me arranco do tempo concreto,
Buscando restaurar a nervura de uma ambiência,
De uma vivência e modo de ser.
É um eu que me escapa quem revela o tempo que passa.


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