A subjetividade é um exercício impessoal
e coletivo. Não passa de uma premissa de determinadas estratégias discursivas e
significação de mundo.
Não acontecemos naquilo que
dizemos, mas aquilo que dizemos define como narrativa a realidade.
Um relato individual sobre o
testemunho de determinado acontecimento é sempre seletivo e parcial. Mas isso não
o torna “pessoal”, pois suas premissas são coletivas. Trata-se de um esforço de
comunicação, de um movimento para o exterior, ou para o outro receptor do
relato. Ele é feito em função de alguém e personifica uma tentativa de “objetivização”
do fato.
O sujeito inventa o objeto para
poder ser sujeito. Tal arbitrariedade faz parte do modo como nos comunicamos
uns com os outros. Onde “eu” estou naquilo que digo, não é uma pergunta válida.
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