segunda-feira, 24 de julho de 2017

LITERATURA E RUPTURA

O cânone de autores e livros consagrados cria e alimentam leitores. Constituem um campo de referências de formatações simbólicas que estabelecem as  questões e temas de um imaginário erudito. Há também um componente de censura. Pois a legitimação de qualquer discurso deve necessariamente pressupor tais referências. A autoridade dos autores clássicos estabelece um horizonte cujos limites não é ultrapassado, mas a partir do qual tudo deve ser concebido.


Mas é a transgressão e a ruptura que nos conduz ao selvagem espaço do agora que, por vocação, é consagrado ao inédito, ao ensaio e ao experimentalismo. É onde toda a tradição é sempre desafiada. Hoje em dia, talvez, de um modo como nunca anteriormente concebido, pois é o próprio proposito e sentido de toda narrativa que deve ser questionado. 

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