O exercício da palavra, oral ou escrita, é por definição uma expressão, fazer-se visível mais do do que um aro de comunicação. Pois, enquanto a comunicação remete ao diálogo, o dizer é um apresentar-se através de enunciados impessoais aos quais aderimos e transformamos.
Através das palavras o "nós" identifica o "eu" como porta voz do significado teleológico ou conjunto de preposições. Somos reconhecidos em nossa singularidade pela forma singular através da qual expressamos conteúdos arbitrariamente selecionados e redefinidos na singularidade do sentido de uma narrativa.
A geografia de nossos gestos de linguagem nos projeta nos outros como "eu". Isto é profundamente banal e, ao mesmo tempo, profundamente significativo no acontecer intersubjetivo dos enunciados.
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