Meu sentimento das coisas não
cabem em qualquer sentimento de mundo. Pressupõe uma percepção irracional do
que é o vivido, que não se conforma a qualquer configuração biográfica e racional que imponha significados ao meu efêmero instante.
Chego mesmo a duvidar da linearidade do
desenvolvimento da vida e da existência continua do "eu" que julgo ser.
Afinal, tal singularidade é
demarcada exclusivamente pelo corpo.
Não é no desejo ou na busca pelo
prazer que se define o eu, mas em sua
indeterminação e incerteza ontológica.
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