O eu esta no objeto que a nós se
apresenta como realidade do mundo.
A consciência é sempre um
acontecer fora, uma ausência de si mesmo através da percepção. Por isso não há
como chegar a qualquer conclusão sobre a experiência humana da realidade. Pois
nunca conseguiremos concebe-la “de fora”. Só é possível dizer que a percepção
não é mimese, não apresenta a realidade a partir de sua objetividade, mas de
acordo com nossa forma de perceber as coisas. Em outros termos, o corpo é a
condição do pensamento. O intelecto é um
acontecimento físico e não um vago e indeterminado processo metafisico. Estamos
o tempo todo através do espaço inventando e reinventando a realidade. Só que
não nos damos conta disso. Mas a constância é ilusória. A descontinuidade é uma
premissa da percepção, por mais que nos confrontemos o tempo todo com um mundo
de experiências que se repetem.
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