quarta-feira, 11 de maio de 2016

O PROBLEMA DA NOSTALGIA

A palavra nostalgia é composta por dois radicais gregos: nóstos (regresso) e álgos (dor) e mais do que um sentimento e expressão de subjetividade, constitui uma enfermidade que normalmente acomete pessoas desenraizadas, apartadas do ambiente em que cresceram e no qual construíram identidade ou seja,  que, em função de certas circunstâncias objetivas, foram apartadas de sua casa ou família.

Desde o século XIX, o conceito de nostalgia frequenta os tratados de medicina como uma forma de patologia relacionada, principalmente a indivíduos exilados de sua terra natal.   Assim, a nostalgia não é um problema simples.

Memoria, afetividade e identidade andam juntas.  Somos nosso passado. Ás vezes somos mais no que já vivemos do que no imediato acontecer da existência que define o tempo presente. Pode-se definir esta afetividade como nostalgia. Mas se trata de outra coisa.  Trata-se  da relação entre o eu e o mundo, do sentimento de si mesmo como parte de uma determinada atmosfera existencial  que nos propicia identidade psíquica. Assim, a nostalgia pressupõe uma imagem de passado que personifica uma idealização daquilo que a vida deveria ser.  


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