Atualmente julgo absolutamente inútil
tentar abarcar o mundo. Sei que não posso viver todas as coisas possíveis,
esgotar a vida e a realidade, través da pequena e simples equação do meu
existir singular. Ser e se fazer um individuo não pressupõe o mundo e todo este
labirinto de possibilidades possíveis de experiências das quais uma existência inteira não é capaz de dar conta.
A qualidade de meus desnaturado
cotidiano é que pode fazer diferença em meu acontecer biográfico. Sempre é
preciso ousar algo maior do que o mero cotidiano. Mesmo que isso te mate. Viver é efêmero demais para perder tempo com
o tédio das rotinas. É preciso se expor a algum perigo, aceitar os riscos e
ferir de morte o que até agora parecia possível. De algum modo precisamos
transcender constantemente a superficialidade de nossos atos mais elementares.
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