domingo, 26 de julho de 2015

SOBRE O FUTURO COMO RUPTURA OU O FIM DA CIVILIZAÇÃO

Talvez o futuro permaneça como uma meta de ruptura entre o passado e o presente de nossa civilização, um horizonte de ruptura com tudo aquilo que até aqui nos definiu o mundo. Afinal, a cultura técnico científica esta longe de atingir um ponto morto, um estágio estacionário do conhecimento. Muito pelo contrário. A ciência se revela cada vez mais como um artifício de transformação do nosso cotidiano, dos nossos hábitos e modos de codificação do real. Talvez em menos de um século tal capacidade alcance o momento de colocar em jogo tudo aquilo que nos parecia real e possível até então. Confesso que aposto fervorosamente nesta audaciosa possibilidade. Viagens espaciais, por exemplo,  estão se tornando cada vez menos uma questão de ficção cientifica.
Nas palavras de Stephen Hawking in  O Universo em uma Casca de Noz,

“ A visão do futuro de Jornada nas Estrelas- de que atingiremos um nível avançado de, mas essencialmente estático- pode  concretizar-se quanto ao nosso conhecimento das leis básicas que governam o universo. Como descreverei no próximo capitulo, pode  haver uma teoria final que descobriremos  naquele futuro nõ muito distante. Essa teoria final, se existir, determinará se o sonho da propulsão de dobra de Jornada nas Estrelas poderá se concretizar. De acordo com as ideias atuais, teremos de explorar a galáxia de maneira lenta e tediosa, em espaçonaves viajando mais lentamente que a luz. Mas, por não dispomos ainda de uma teoria unificada completa, não podemos descartar a propulsão de dobra.
Por outro lado, já conhecemos as leis validas em todas as situações, exceto nas mais extremas: as leis que governam a tripulação da Enterprise, se não a própria espaçonave. Mas não parece que chegaremos a atingir um estado estacionário nas aplicações  dessas leis ou na complexidade dos sistemas que podemos produzir com elas.”


O futuro é, ao meu ver, um momento de ruptura profunda que nos obriga a superar a condição de inquietos filhos do tempo presente que se perderam do passado. Tudo um dia será o inteiramente outro de tudo aquilo que já foi e não deixou vestígios. Talvez um dia os vestígios do passado sejam apagados pelo novo.

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