segunda-feira, 27 de julho de 2015

O ESGOTAMENTO DA REALIDADE

A mutabilidade é a única constante. Talvez a maioria das pessoas não percebam o quanto os nossos hábitos e usos das coisas cotidianas atualmente se modifica em uma velocidade delirante. Sim. Um novo modelo de celular, qualquer tecnologia nova  ou novidade tecnológica nos faz agir de modo diferente até o ponto em que nenhum costume ou rotina inspirada por uma tradição se faça possível.

A existência é cada vez mais definida por seus artifícios tecnológicos e apenas começamos a nos adaptar a esta necessidade constante de nos reduzir ao efêmero das rotinas e das coisas.

Sem perceber nos tornamos  prisioneiros de uma persona coletiva e de um eu em constante desastre, em ininterrupta metamorfose e busca alucinada pela mera sobrevivência. Sei que não estou dizendo nada de novo.  Mas coloco-me como questão a própria possibilidade de dizer, de romper com tudo aquilo que já ouvimos um dia sob a aparência de verdade.


É a própria possibilidade de uma gramática de um real que se esgota que me parece cada vez mais questionável atualmente.

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