A mutabilidade é a única constante.
Talvez a maioria das pessoas não percebam o quanto os nossos hábitos e usos das
coisas cotidianas atualmente se modifica em uma velocidade delirante. Sim. Um
novo modelo de celular, qualquer tecnologia nova ou novidade tecnológica nos faz agir de modo
diferente até o ponto em que nenhum costume ou rotina inspirada por uma
tradição se faça possível.
A existência é cada vez mais
definida por seus artifícios tecnológicos e apenas começamos a nos adaptar a
esta necessidade constante de nos reduzir ao efêmero das rotinas e das coisas.
Sem perceber nos tornamos prisioneiros de uma persona coletiva e de um
eu em constante desastre, em ininterrupta metamorfose e busca alucinada pela
mera sobrevivência. Sei que não estou dizendo nada de novo. Mas coloco-me como questão a própria
possibilidade de dizer, de romper com tudo aquilo que já ouvimos um dia sob a aparência
de verdade.
É a própria possibilidade de uma gramática
de um real que se esgota que me parece cada vez mais questionável atualmente.
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