terça-feira, 22 de julho de 2008

O CANTO DE MARLENE DIETRICH


Ouvia agora a pouco uma coletânea de Marlene Dietrich. Dei-me conta, na aventura da musica decorando a noite, do quanto, mesmo como cantora ou one woman show, ela representa o mais enigmático, ambíguo e misterioso símbolo feminino de sexualidade já construído pela mítica e irracional linguagem do cinema da primeira metade do século XX.
Interpretando peças musicais, Marlene é uma realmente singular... uma musa profunda e expressiva que parece, com a ambigüidade de uma esfinge desafiar-nos com a sóbria interpretação quase masculina de canções tão preciosas como Lili Marlene, Simphonie, Black Market ou You Go To My Head.
Segundo Charles Higman, autor de uma biografia sobre Marlene, citando seu regente dos anos 50, William Blezard, ela desenvolveu e popularizou o sprechstimme, a arte de falar como se estivesse cantando na inventividade única de seu canto.
As Performances de Dietrich são como um seqüestro de vida de alguma elegante plenitude de mundo que nos revela o máximo limite e apoteose da experiência humana.

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