terça-feira, 22 de julho de 2008

LIVROS, LEITURAS E FRAGMENTO


Não conheço maneira mais apropriada para se ler um livro do que cortar-lhe a abstrata carne rasgando-lhe em fragmentos que, de algum modo subjetivo, nos revelam o cerne de seu corpo, de sua aparentemente homogênea narrativa.
Não se pode negar que a experiência da leitura faz-se normalmente pelo impacto de alguns parágrafos ou frases que nos seduzem, dar-se através de retalhos, de retratos em closes, ou ainda, através da surpresa reveladora de determinadas passagens onde nos reconhecemos provisoriamente.
Por tudo isso, escolher citações em um livro é um modo de dizer o que realmente nos interessa singularmente neles, aquilo de que nos apropriamos na aventura da leitura.

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