quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A FLOR, TEMPO E FINITUDE

A natureza
Em aleatório capricho
Faz a beleza
De uma pequena flor selvagem
Surpreender as pedras de um muro.


Improvável combinação
Colhida por olhos humanos
Que na permanência quase eterna da pedra
Questionam a presença daquele perene adorno.

Como se entre a flor e a pedra
Houvesse a mesma distância
Que há entre o homem
E o tempo
Em suas ilusões de infinito
E angustias de finitude.

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