quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

ANIMA E O INCONSCIENTE

Enquanto componente da psique, Anima é uma personificação arquetipica do feminino. Dada as configurações culturais patriarcais que definem o imaginário ocidental, costumamos erotiza-la, associa-la ao reino de Afrodite. Jung chegou a atribuir-lhe a função de ligação entre o mundo da consciência e do inconsciente através da função sentimento ( valorativa).
Como relacionamento, portanto, Anima corresponde a uma configuração intermediária entre o pessoal e o coletivo que encontra-se fora do horizonte das situações humanas concretas, das vivências intersubjetivas de toda espécie.
Ela não configura, em outras palavras, relacionamentos reais, pois a sua esfera é a da fantasia, apesar da vivência venesuana que geralmente temos dela.
Anima funciona na verdade como o elo com “ o outro mundo”, com a pluralidade dos arquétipos, o obscuro reino do desconhecido psíquico. Ela é a própria personificação do feminino que em suas inesgotáveis imagens e vivências instiga a consciência ao envolver-se com o inconsciente ou com a autonomia dos complexos psíquicos.

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